Do G1 PR com informações da RPC TV Curitiba
Geladeiras que haviam sido doadas à filial do Programa de Voluntariado do Paraná (Provopar), de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, foram vendidas para moradores da cidade. Os produtos foram doados em 2008 por uma fábrica, com a condição de serem doados a entidades assistenciais e postos de saúde. O Tribunal de Contas e o Ministério Público investigam o caso.
Um morador que não quis se identificar conta que na época foi avisado que não teria direito à nota fiscal, nem à garantia. “Mais seis pessoas [além de mim], compraram”, diz. Outro morador, que também preferiu não se identificar, revela que escolheu o modelo maior e mais caro, dentre os três que estavam disponíveis. “Eu comprei na Provopar, aqui em Campo Largo. Eu paguei R$ 1 mil em duas vezes”, afirma.
O Provopar admite que algumas das 108 geladeiras foram vendidas. Segundo a secretária da instituição, Renata Archeleiga, 47 delas foram doadas. Já a presidente do Provopar, Elizabete Neizer Basso, afirmou em nota que foram 48 doações.
Conforme as duas, a venda das geladeiras aconteceu para arrecadar verbas para a instituição. “As geladeiras vieram e na época eram o único meio de trocarmos por materiais necessários para manter as nossas famílias e os projetos”, conta Archeleiga.
Em outro ofício, enviado por Elizabete Basso à empresa, ela afirma saber que as geladeiras só poderiam ser doadas e não vendidas.
Segundo Giovani Marcon, conselheiro fiscal do Provopar de Campo Largo, a venda das geladeiras foi ilegal. “Não entrou para o livro-caixa do Provopar”, conta.
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