A paralisação dos trabalhadores da fábrica de motores da Fiat em Campo Largo marcada para hoje foi suspensa. Segundo o presidente do Sindimovec, Adriano Carlesso, a empresa decidiu retomar as negociações com a categoria. A decisão pela paralisação foi aprovada por 85% dos funcionarios que compareceram a assembleia ontem. Eles recusaram a proposta da Fiat. O principal impasse na negociações foi a decisão da empresa em cortar o pagamento do vale alimentação.
Carlesso informou que, ainda na noite de ontem, diretores da empresa entraram em contato com o sindicato contestando a paralisação, “Eles propuseram um compromisso de chegar na proposta dos trabalhadores” - anunciou Carlesso.
Desde as cinco da manhã desta quinta, diretores do Sindimovec estiveram na portaria da fábrica para informar os trabalhadores sobre a decisão, “Vamos passar o dia na mesa de negociação com a empresa e esperamos fechar um acordo que favoreça os trabalhadores”. Mas o sindicalista alerta: “Não vamos aceitar em hipótese alguma o corte no vale alimentação”.
Uma nova assembleia foi marcada para logo mais a noite. Nela os trabalhadores decidirão se acatam uma nova proposta da Fiat ou se definitivamente deflagram a greve.
Sindicato denuncia abusos
Adriano Carlesso denuncia que a Fiat tem agido de forma abusiva para conter as manifestações mobilizadas pelo Sindimovec. Para ele, a empresa tem realizado “práticas antisindicais” para prejudicar a atuação da entidade. “Para evitar a paralisação a empresa mobilizou-se ligando para funcionários. Chegaram até mesmo a pagar táxi para o transporte de alguns trabalhadores, na clara intenção de evitar que eles participassem da manifestação” - revela Carlesso.
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