Opositores de Edson Basso (PDMB) prometeram durante meses o lançamento de um grande jornal. Para a decepção deles e até mesmo dos governistas, o que se viu nas bancas foi, na verdade, um panfleto repleto de erros ortográficos e mal diagramado.
Assim como o pasquim lançado periodicamente pelo vereador Nelsão, do PMDB, este novo instrumento de ofensa moral demonstra, mais uma vez, o letal e irremediável desejo de violência verbal. Características comuns de seus idealizadores.
Lá estão o pretenso candidato a prefeito Mauricio Rivabem. O parceiro de “manifestações” do vereador Nelsão, o empresário Alexandre (Cataucho), assina uma mal escrita coluna.
Mas há aspectos que me credenciam a descaracterizar aquele amontoado de papel de um verdadeiro jornal.
A ausência de informação da empresa (editora, por exemplo, com pelo menos CNPJ), responsável pela publicação. Outro ponto curioso é o fato do tal jornal não ter sequer jornalista responsável. Assim é ferida a Lei de Imprensa e, da mesma maneira, o direito daqueles que por ventura sentem-se ofendidos por matérias publicadas pelo periódico, pois sequer saberão de quem partiu a calunia.
O papel aceita tudo. Porém, dificilmente a sociedade será tolerante ao desrespeito inédito promovido por tal publicação. Motivado por claros interesses políticos, o “caderno de leviandades” é comercializado por valor muito inferior aos tradicionais jornais locais. Estes sim pagam por mão de obra qualificada, geram empregos e oportunidades para jovens talentos locais. E ainda alimentam o debate do que realmente é importante para a sociedade campolarguense.
A tentativa falhou. Entretanto se manterá por algum tempo, seja como laboratório do “piazinho” ou “porrete político” deste ou daquele pretendente ao poder. Ao menos até que a torneira financeira que o mantém seja fechada.
Para quem vive pela noticia, e não através dela, a manobra é um pontapé no orgulho de quem escolheu servir a comunidade através informação.