O bandido, cansado de levar mordidas de um cão feroz, resolveu falar com aquele que achava ser o dono do animal. “Doutor, não suporto mais esse cachorro me dando dentadas toda vez que tento invadir seu terreno”.
O tal patrão, por sua vez, respondeu-lhe: “Ora, meu caro bandido, o que podes fazer em meu favor para que eu volte a colocar meu Pitbull na coleira?”.
O mequetrefe então lhe ofereceu paz e tranquilidade. “Nunca mais voltarei a invadir sua casa Doutor. Não roubarei nada do senhor. Basta que tire esse “monstro” da minha frente.
O dono, acreditando ser muito esperto, cedeu aos pedidos do bandido e, esolveu prender o bicho. O problema foi que, ao buscá-lo, notou que o Pitbull havia fugido. Tranquilo, falou consigo mesmo: “Melhor assim. Nem precisei domar a fera”.
O acordo estava feito entre o patrão e o bandido. O Doutor acreditava que jamais seria alvo de visitas inoportunas do larapio. Já o marginal viu ali a oportunidade para fazer o que sempre tentou e o Pitbull não deixara: assaltar a casa.
Certa noite o bandidão adentrou o quintal da casa do Doutor. Arrombou a porta e, enquanto preparava-se para matar o Doutor e roubar-lhe todos os pertences, ouviu o rosnar ameaçador do Pitbull. Acuado, restou ao xexelento fugir, sem sucesso. O feroz animal com sua bocarra cheia de dentes retalhou o infeliz que, agonizando, pedia piedade.
O Doutor, com os olhos marejados, olhou para o bicho e agradeceu, sem ao menos dizer uma palavra.
A história tem duas interpretações: “Quem faz acordo com bandido sempre volta a ser roubado” ou ainda “Melhor um Pitbull a seu lado que contra você”.
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